terça-feira, 4 de junho de 2013

Iemanjá

Iemanjá na Umbanda

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Estátua de Iemanjá
Mãe Iemanjá, Deusa das Águas e Rainha do Mar. Sincretizada com Nossa Senhora da Conceição. Iemanjá é o orixá feminino mais popular do Brasil, e um dos mais reverenciados, tida como mãe de vários orixás. Também conhecida como Janaína, Inaê, e Princesa de Aioká (como os negros bantos chamavam o fundo do mar). Formosa e vaidosa, a deusa de cabelos longos e perfumados, gosta de receber flores, água de cheiro, pente e espelho.
Poderosa e vasta como as águas oceânicas, Iemanjá é a dona das cabeças, por isso sua presença é fundamental na cerimônia do Bori no Candomblé. É considerada a grande mãe, a energia feminina que gera e cuida dos seus filhos, também protege os lares e a família.
Na Umbanda, geralmente é representada na forma de uma sereia, onde é tida como a Sereia Rainha do Mar.

Índice

Comemorações no Brasil

Em São Paulo, a maior comemoração é no dia 8 de dezembro, na Praia Grande. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina a comemoração é no dia 2 de fevereiro, onde, Iemanjá é sincretizada com Nossa Senhora dos Navegantes. As cerimônias são comumente feitas à beira-mar, no litoral gaúcho. Também ocorrem em rios, como em Porto Alegre (Rio Guaíba). No Rio de Janeiro a festa de Iemanjá é comemorada nos dias 30 e 31 de dezembro, na manhã da véspera do Ano Novo para evitar um maior congestionamento nas praias e ruas. As oferendas lançadas ao mar para a orixá contam de palmas e rosas nas cores branca e rosa, é seu dia e sábado. No Ceará é comemorada no dia 15 de agosto, devido a mesma data ser dia de Nossa Senhora da Assunção padroeira da cidade de Fortaleza.

Festa de Iemanjá em Teresina

Na cidade de Teresina (Piauí) um dos maiores centros de Umbanda, Encantaria e Terecô do Brasil, todos os anos, em fevereiro, vários fiéis ocupam o antigo cais do Rio Parnaíba no centro de Teresina, levando velas brancas e azuis, flores, água de cheiro e outros presentes para agradar Iemanjá, tida como a Mãe d'água (folclore) pelos cultos afro-brasileiros. A deusa das águas também é homenageada às margens do Rio Poti, na zona nobre de Teresina.

Histórias e Lendas

Ao chegar ao Brasil, Iemanjá, passando a ser cultuada também na Umbanda, deixou de ter a imagem negra e africanizada do Candomblé, ganhando a simpatia popular com a imagem de uma linda e sedutora mulher branca de cabelos negros, lisos e compridos, olhos azuis, boca pequena com lábios de rubi, rosto rosado, seios volumosos, tendo as mãos abertas deixando cair pérolas sobre as águas. Nas noites enluaradas, quando a superfície do mar calmo reflete os raios prateados, ela sai do seu reino encantado nas profundezas do oceano, e vem a flor da água entoar cantos maviosos e tristes que seduzem qualquer marinheiro desavisado. Seus cabelos lisos e longos derramam-se sobre as ondas mansas e refulgentes, sendo penteados por uma falange de sereias. É o mar com seus mistérios e fascínios.

Linha e Falanges

O duplo gerante, que reflete o princípio que atua na natureza ou o eterno feminino, divindade da fecundação ou gestação. Tem seu reino fundamentado no mar e como sincretização Maria, de onde vem a palavra "mar" e de onde emana a vida. Tem como dirigentes as caboclas Iara, Indaiá, Iansã, Estrela do Mar, Sereia do Mar, Oxum e Nanã Buruquê, e como guardiã da esquerda a Pomba-Gira.

Informações Litúrgicas

  • Saudações: odoyá, odociaba, odo-fe-iabá, saravá sereia, auê!
  • Domínios: todas as águas, principalmente o mar.
  • Dias: segunda-feira na Umbanda e sábado no Candomblé.
  • Astro regente: Lua
  • Signo: câncer
  • Metal: prata
  • Pedra preciosa: água-marinha ou ágata
  • Flores: rosas brancas ou miosótis
  • Cores: branco na Umbanda e azul no Candomblé.
  • Comidas: manjar branco, peixe
  • Quizilas: poeira e sapo