segunda-feira, 15 de julho de 2013

Um Curso em Milagres LIÇÃO 198 Só a minha condenação me fere.

LIÇÃO 198
Só a minha condenação me fere.
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Ferir é impossível. Mas ilusão faz ilusão. Se podes condenar, também podes ser ferido. Pois acreditaste que podes ferir e o direito que estabeleceste para ti pode agora ser usado contra ti, até que o descartes como sem valor, indesejado e irreal. Nesse momento a ilusão deixará de ter efeitos e o que parecia ter serão desfeitos. Então estás livre, pois a liberdade é a tua dádiva e podes agora receber a dádiva que deste.
Condena e és feito prisioneiro. Perdoa e serás libertado. Assim é a lei que rege a percepção. Não é uma lei que o conhecimento compreenda, pois a liberdade é uma parte do conhecimento. Assim sendo, condenar é na verdade impossível. Aquilo que parece ser a sua influencia e os seus efeitos nunca aconteceram de forma alguma. No entanto, por algum tempo temos que lidar com eles como se tivessem acontecido. A ilusão faz mais ilusão. Contudo, há uma exceção. O perdão é a ilusão que responde a todas as demais.
O perdão varre todos os outros sonhos e embora seja, ele mesmo, um sonho, não dá origem a outros. Todas as ilusões, com exceção dessa, multiplicam-se mil vezes. Mas é aqui que as ilusões chegam ao fim. O perdão é o fim dos sonhos, porque é o sonho do despertar. Em si, não é a verdade. Mas aponta para onde a verdade necessariamente está e orienta com a certeza do próprio Deus. É um sonho no qual o Filho de Deus desperta para o seu Ser a para o seu Pai, sabendo que são um só.
O perdão é a única estrada que conduz para longe do desastre, para além de todo sofrimento e, enfim, para longe da morte. Como poderia haver outro caminho, se esse é o plano do próprio Deus? E por que te oporias a ele, brigarias com ele, buscarias achar mil maneiras de provar que está errado, mil outras possibilidades?
As Suas palavras terão êxito. As Suas palavras salvarão. As Suas palavras contêm toda a esperança, toda a benção e toda a alegria que jamais podem ser achadas sobre essa terra. As Suas palavras nasceram em Deus e vêm a ti trazendo com elas o amor do Céu. Aqueles que ouvem as Suas palavra ouviram a canção do Céu. Pois esta são as palavras em que, enfim, tudo se funde em um só. E quando essa única palavra desaparecer, o Verbo de Deus virá tomar o lugar dela, pois, então, será lembrado e amado.
Esse mundo tem muitos lugares assombrados, aparentemente separados, em que a misericórdia nada significa e o ataque parece justificar-se. No entanto, são todos um só: um lugar em que a morte é oferecida ao Filho de Deus e ao Seu Pai. Talvez penses que Eles a aceitaram. Mas se olhares novamente perceberás um milagre. Que tolice acreditar que Eles poderiam morrer! Que tolice acreditar que tu podes atacar! Que loucura pensar que poderias ser condenado e que o Filho santo de Deus pode morrer!
A serenidade do teu Ser permanece igual, intocada por pensamentos como esses e inconsciente de qualquer condenação que pudesse precisar de perdão. Todos os tipos de sonhos são estranhos e alheios à verdade. E o que mais, senão a verdade, poderia ter um Pensamento que constrói uma ponte que leva as ilusões para o outro lado?
Hoje, praticamos deixar que a liberdade venha construir o seu lar contigo. A verdade concede estas palavras à tua mente para que possas achar a chave da luz e permitir que a escuridão chegue ao fim:
Só a minha condenação me fere.
Só o meu próprio perdão me liberta.
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Hoje, não esqueças que não é possível haver nenhuma forma de sofrimento que não esteja escondendo um pensamento sem perdão. E que também não pode haver uma forma de dor que o perdão não cure.
Aceita a única ilusão que afirma que não há condenação no Filho de Deus e o Céu é instantaneamente lembrado, o mundo esquecido, todas as crenças estranhas do mundo esquecidas com ele, à medida em que a face de Cristo aparece enfim desvendada nesse único sonho. Essa é a dádiva que o Espírito Santo tem para te dar da parte de Deus, teu Pai. Que o dia de hoje seja celebrado tanto na terra quanto na tua casa santa. Sê benigno para com ambas, ao perdoares as ofensas pelas quais pensavas que eram culpadas e vê a tua inocência brilhando a partir da face de Cristo sobre ti.
Agora o mundo todo está em silencio. Agora há serenidade aonde havia uma torrente frenética de pensamentos que não faziam sentido. Agora há uma luz tranqüila sobre a face da terra que se aquietou em um sono sem sonhos. E agora só ficou o Verbo de Deus na terra. só isso pode ser percebido por mais um instante. Nesse momento, os símbolos desapareceram e tudo o que pensaste ter feito sumiu por completo da mente que Deus sabe ser o Seu único Filho para sempre.
Não há condenação nele. Ele é perfeito em sua santidade. Não precisa de pensamentos de misericórdia. Quem poderia lhe dar dádivas quando tudo é seu? E quem poderia sonhar em oferecer o perdão ao filho da própria impecabilidade, tão parecido com Aquele de Quem é Filho que contemplar o Filho é não perceber nada mais e conhecer apenas o Pai? Nesta visão do Filho, tão breve que nem um instante decorre entre essa única visão e a própria intemporalidade, tens a visão de ti mesmo e, então, desapareces para sempre em Deus.
Hoje nos aproximamos ainda mais do fim de todas as coisas que ainda se interpõem entre essa visão e o nosso modo de ver. E estamos alegres por termos vindo até aqui e reconhecido que Aquele que nos trouxe aqui não nos abandonará agora. Pois Ele quer dar-nos a dádiva que Deus nos deu por Seu intermédio no dia de hoje. Agora é a hora da tua libertação. A hora já veio. A hora veio hoje.