terça-feira, 4 de junho de 2013

Brama

Brama

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Relevo representando Brama, o Criador, no Templo Hoysaleswara, em Halebid, em Karnataka, na Índia
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Brama1 , Brahma ou Bramá2 é o primeiro deus da Trimúrti, a trindade do hinduísmo (os outros são Vixnu e Shiva). Brama é considerado, pelos hindus, a representação da força criadora ativa no universo. A visão de universo pelos hindus é cíclica. Depois que um universo é destruído por Shiva, Vixnu se encontra dormindo e flutuando no oceano primordial. Quando o próximo universo está para ser criado, Brama aparece montado numa flor de lótus brotada do umbigo de Vixnu e recria todo o universo.
Depois que Brama cria o universo, ele permanece em existência por um dia de Brama, que vem a ser aproximadamente 4 320 000 000 anos em termos de calendário hindu. Quando Brama vai dormir, após o fim do dia, o mundo e tudo que nele existe é consumido pelo fogo. Quando ele acorda de novo, ele recria toda a criação, e assim sucessivamente, até que se completem 100 anos de Brama.
Brama é representado com quatro cabeças, mas, originalmente, era representado com cinco. O ganho de cinco cabeças e a perda de uma é contado numa lenda muito interessante. De acordo com os mitos, ele possuía apenas uma cabeça. Depois de cortar uma parte do seu próprio corpo, Brahma criou dela uma mulher, chamada Satrupa, também chamada de Sarasvati. Quando Brahma viu sua criação, ele logo se apaixonou por ela, e já não conseguia tirar os olhos da beleza de Satrupa.
Naturalmente, Satrupa ficou envergonhada e tentava se esquivar dos olhares de Brama movendo-se para todos os lados. Para poder vê-la onde quer que fosse, Brama criou mais três cabeças, uma à esquerda, outra à direita e outra logo atrás da original. Então Satrupa voou até o alto do céu, fazendo com que Brama criasse uma quinta cabeça olhando para cima, foi assim que Brama veio a ter cinco cabeças. Da união de Brahma e Satrupa, nasceu Suayambhuva Manu, o pai de todos os humanos.
Nas escrituras, é mencionado que a quinta cabeça foi eliminada por Shiva. Brama falou desrespeitosamente de Shiva, que abriu seu terceiro olho e queimou a quinta cabeça de Brama. Brama tem oito braços, e nas mãos segura uma flor de lótus, seu cetro, uma colher, um rosário, um vaso contendo água benta e os Vedas. O veículo de Brama é o cisne Hans-Vahana, o símbolo do conhecimento.
A esposa de Brama é Sarasvati, a Deusa da Sabedoria. Na Índia em si, o deus é pouco cultuado,[carece de fontes], pois, na visão hindu, sua função já se acabou depois que o universo foi criado. As lendas sobre Brama não são tantas nem tão ricas quanto as de Vixnu e Shiva. Para estes deuses, existem incontáveis templos de adoração, mas, para Brama, apenas um, que fica no lago Pushkar, em Ajmer.

Índice

Dia de Brama

Brama vive cem anos, mas não são anos humanos, são "anos de Brama". O período do dia ou da noite da vida do deus é chamado de Kalpa, quando a noite de Brama chega, o universo é reabsorvido (Pralaya) no seu sono divino. Um Kalpa corresponde a 4.320.000.000 anos terrestres. A idade da Terra é medida em quatro Yugas ou "Eras", que são:
A cada Yuga que se passa, a virtude no mundo vai caindo progressivamente. Na Satya-Yuga, a virtude prevalece e o mal é desconhecido. Na Treta-Yuga, a virtude cai para três quartos. Na Dwapara-Yuga, a virtude já caiu pela metade. Na Kali-Yuga, só resta um quarto de virtude. As quatro Yugas juntas formam a Mahayuga.