sexta-feira, 24 de maio de 2013

TAO TE CHING, capítulo Trinta e Oito

TAO TE CHING, capítulo Trinta e Oito

Por que se apressar em procurar a verdade? 
Ela vibra em todas as coisas e em todas as não coisas, bem na ponta de seu nariz. 
Pode você ficar quieto e vê-la na montanha?,
no pinheiro?, 
em você?
Não pense que você vai descobri-la acumulando mais conhecimento. 
Conhecimento cria dúvida, 
e dúvida torna você voraz por mais conhecimento. 
Você não pode ter uma refeição completa desse modo. 
A pessoa sábia janta algo mais sutil: 
Ela come o entendimento de que o que tem nome nasceu do sem nome, que todo ser flui
do não ser, que o mundo descritível emana de uma fonte indescritível. 
Ela encontra esta sutil verdade dentro de seu próprio ser, e se torna completamente contente. 
Assim, quem pode ficar quieto e observar o jogo de xadrez do mundo? 
O tolo está sempre fazendo jogadas impulsivas, mas o sábio está ciente de que a vitória e a derrota
são decididas por algo mais sutil. 
Eles veem que algo perfeito existe antes de que qualquer movimento seja feito. 
Esta sutil perfeição se deteriora quando ações artificiais são praticadas, portanto esteja contente de não perturbar a paz. 
Permaneça quieto. 
Descubra a harmonia em seu próprio ser. Acolha-a. 
Se puder fazer isso, você ganhará tudo, e o mundo se tornará saudável outra vez. 
Se não puder, você estará perdido nas sombras para sempre.