sábado, 17 de novembro de 2012

III. As testemunhas de Deus






III. As testemunhas de Deus
1. Não condenes o teu salvador porque ele pensa que é um corpo. Pois além dos seus sonhos, está a sua realidade. Mas, primeiro ele tem que aprender que é um salvador, antes de poder lembrar-se do que ele é. E não pode deixar de salvar quem quer ser salvo. A sua felicidade depende de te salvar. Pois quem é salvador senão aquele que te dá a salvação? Assim ele aprende que a salvação tem que sua para poder dá-la. A não ser que ele a dê, não saberá que a tem, pois o dar é a prova do ter. só aqueles que pensam que Deus é diminuído pela sua força podem deixar de compreender que isso tem que ser assim. Pois quem poderia dar a não ser que tivesse, e quem poderia perder por dar o que não pode deixar de aumen-tar através da doação?
2. Pensas que o Pai perdeu a Si mesmo quando te criou? Que Ele veio a ser fraco porque compartilhou o Seu Amor? Tornou-se Ele incompleto pela tua perfeição? Ou tu és a prova de que Ele é perfeito e completo? Não negues ao Pai a Sua Testemunha no sonho que o Seu filho prefere à sua própria reali-dade. Ele tem que ser o salvador do sonho que fez para que possa ficar livre dele. Ele tem que ver um outro não como um corpo, mas em unidade com ele, sem a parede que o mundo construiu para manter à parte todas as coisas vivas que não sabem que vivem.
3. Dentro do sonho dos corpos e da morte existe ainda um tema verdadeiro; talvez não mais do que uma diminuta fagulha, um espaço de luz criado na escuridão onde Deus ainda brilha. Tu não podes despertar a ti mesmo. Entretanto, podes te permitir ser acordado. Podes não ver os sonhos do teu irmão. Tu és capaz de perdoar as suas ilusões tão perfeitamente, que ele vem a ser o salvador dos teus sonhos. E à medida em que o vês brilhando no espaço de luz onde Deus habita dentro da escuridão, verás que o próprio Deus está presente onde está o corpo do teu irmão. Diante dessa luz, o corpo desaparece do mesmo modo que as sombras pesadas têm que dar lugar à luz. A escuridão não pode escolher que ele permaneça. A vinda da luz significa que ele se foi. Na glória, então, tu verás o teu irmão e compreende-rás o que realmente preenche a brecha que há tanto tempo é percebida como aquilo que vos mantinha à parte. Lá, no seu lugar, a testemunha de Deus estabeleceu o caminho gentil da benignidade para com o Filho de Deus. Àquele a quem perdoas é dado o poder de perdoar as tuas ilusões. Pela tua dádiva de liberdade, a liberdade te é dada.

4. Abre espaço para o amor, que tu não criaste, mas que és capaz de estender. Na terra isso significa perdoar o teu irmão para que as trevas possam ser suspensas da tua mente. Quando a luz tiver vindo a ele através do teu perdão, ele não se esquecerá do próprio salvador, deixando-o sem salvação. Pois foi
na tua face que ele viu a luz que quer manter perto de si à medida em que caminha através da escuridão para a Luz que dura para sempre.
5. Quão santo és tu, a ponto do Filho de Deus poder ser o teu salvador em meio a sonhos de desolação e desastre! Vê como ele vem ansioso e dá um passo ao lado saindo das pesadas sombras que o têm es-condido e deixa a sua luz brilhar sobre ti com gratidão e com amor. Ele é ele próprio, mas não sozinho. E assim como o seu Pai não perdeu parte dele na tua criação, assim também a luz nele é ainda mais brilhante porque tu lhe deste a tua luz para salvá-lo do escuro. E agora a luz em ti tem que ser tão bri-lhante quanto aquela que brilha nele. Essa é a centelha que brilha dentro do sonho para que possas aju-dá-lo a despertar e estejas certo de que os seus olhos despertos descansarão em ti. E na sua feliz salva-ção, tu és salvo.