sexta-feira, 24 de maio de 2013

Pensamento positivo e pensamento negativo

Pensamento positivo e pensamento negativo
por Silvia Holmes

O pensamento nasce na nossa mente e se manifesta nessa dimensão por meio das palavras e por meio das não-palavras (nossos gestos e expressões corporais). Para a PNL (Programação Neurolinguística) pensar é ver, ouvir e sentir, visto que usamos os canais sensoriais para pensar, assim, quando pensamos geramos mentalmente imagens, sons e sensações. Além disso, a PNL afirma que as nossas afirmações representam apenas sete por cento da realização do pensamento.

O médico, psiquiatra, psicoterapeuta, cientista e escritor Augusto Cury afirma: "Usamos o pensamento para pensar o mundo, mas se o usarmos para pensar como pensamos, entenderemos que todos somos meninos diante de tão insofismável complexidade."

O médico, biólogo, psiquiatra e psicoterapeuta transpessoal Alírio de Cerqueira Filho ensina: "O Espírito pensa, sente e age, porém, ele se manifesta de forma unificada pensando, sentindo e agindo. Pensamento, sentimento e vontade. É impossível pensar, sem sentir e sem querer realizar uma ação." E continua: "Ocorre que os pensamentos nunca cessam, eles acontecem um após o outro, em uma verdadeira avalanche". Apesar disso, não temos muita consciência dos nossos pensamentos, mas apenas dos sentimentos e das ações comportamentais que se manifestam.

Nessa mesma linha de pensamento, Augusto Cury escreve: "Portanto, a grande tese é: pensar não é uma opção do Homo sapiens, mas uma inevitabilidade. Pensar não é apenas um desejo consciente do Eu, mas o fluxo vital da psique."

Segundo Alírio de Cerqueira Filho: "Os pensamentos são decodificados sob a forma de palavras que são verbalizadas ou acontecem em nossa mente em um diálogo interno que temos quase o tempo todo conosco. A maioria dos pensamentos não é verbalizada, pois fica restrita ao diálogo interno, uma verdadeira falação mental, por isso a dificuldade de nos tornar conscientes deles."

Os pensamentos que formulamos geram um diálogo interno que por sua vez geram estados emocionais de igual teor. Desse modo, se tivermos pensamentos positivos, iremos gerar sentimentos positivos. Entretanto, se tivermos pensamentos negativos, iremos gerar sentimentos desse teor. E o que pensamos a respeito do mundo, da vida e de nós mesmos, evoca sentimentos que se manifestam num comportamento por meio da nossa vontade.

Assim que para a PNL pensar positivo é pensar naquilo que queremos. Enquanto que pensar negativo é pensar naquilo que não queremos.

Para Alírio de Cerqueira Filho:"Quando o pensamento está mal direcionado produz viciações mentais que perturbam o Ser e levam a pessoa a conflitos e dificuldades emocionais graves. Se nós o direcionarmos, inadequadamente, ele vai gerar essas viciações." E continua:"A energia do pensamento pode conduzir a níveis elevados de consciência ou ao desespero, dependendo dos conteúdos psíquicos de que se reveste."

O saudoso Prof. Miguel Carcavilla ensinava aos seus alunos que : "A melhor forma de mudarmos nossos estados emocionais, nossa saúde, nossa auto-imagem é fazer visualizações do que quer na sua vida. Falar de coisas que te deixem feliz e sentir emoções associadas a essas imagens e diálogos internos. A mente se utiliza do cérebro como meio intercomunicador pra produzir no corpo e em sua realidade subjetiva aquilo que ela deseja como vontade. O corpo, por sua vez, também utiliza o cérebro de intermediador, como a mente, produzindo nesta estados emocionais e representações internas. Assim, mesmo que o que você visualize não se concretize materialmente, no momento que você deseja, seu corpo se beneficiará dos estados emocionais e sentimentos gerados nesse processo. O que por si só já é um grande benefício porque proporciona uma melhor condição para tomar decisões e fazer escolhas."

Para finalizar, gostaria de refletir a seguinte questão: já que não conseguimos parar de pensar, pelo menos podemos escolher o que queremos pensar. Podemos observar como pensamos, a razão de pensarmos daquela maneira e dialogarmos com nossos pensamentos. Por fim, deixo uma dica que o Prof. Miguel Carcavilla nos ensinava. Num momento de calma, sem o risco de ser interrompido, procure responder a quatro perguntas essenciais para si mesmo:

Como você ocupa sua mente?
Quem direciona sua mente?
Onde você foca sua atenção?
Por quanto tempo?

Responda sinceramente a essas perguntas e preste atenção em suas emoções. Boa jornada!

Bibliografia:

Energia mental e autocura - Alírio de Cerqueira Filho - ebm editora.
A fascinante construção do Eu - Augusto Cury - Academia.
Aulas do Prof. Miguel Carcavilla *in memorium