Indiano planta (sozinho) floresta do tamanho de 800 campos de futebol
Jadav “Molai” Payeng começou o reflorestamento há mais de 34 anos com o
objetivo de salvar a Ilha de Majuli, na Índia. Graças a ele, elefantes,
tigres e rinocerontes podem ser encontrados no local
Dizem que
todo homem deve plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho,
mas o indiano Jadav “Molai” Payeng caprichou tanto na
primeira tarefa que, talvez, tenha permissão para abrir mão das outras
duas. Ele plantou sozinho uma floresta de cerca de 1.400 acres – o que
equivale a 560 hectares ou à área de 800 campos de futebol oficiais.
O plantio começou há mais de 34 anos, com um grande objetivo: salvar a
Ilha de Majuli, localizada no nordeste da Índia, onde Payeng morava. O
local estava fadado a desaparecer: considerada a maior ilha fluvial do
mundo, Majuli sofria com a erosão do solo, provocada por inundações
causadas pelo aquecimento global, e chegou a ter mais de 70% de seu
território “engolido” pelo rio Brahmaputra.
Casas e fazendas
tiveram que ser abandonadas e os animais da região começaram a morrer
por não ter onde se abrigar do calor excessivo. Diante da situação,
Payeng foi pedir ajuda ao governo, mas como resposta ouviu que o máximo
que cresceria na região seriam bambus.
Sem ajuda, ele resolveu
salvar a ilha por conta própria. E conseguiu! Payeng plantou mudas de
diversas espécies em Majuli e, 34 anos depois, “construiu” uma floresta
na Ilha, que é lar de animais como elefantes, tigres, rinocerontes e
vários tipos de aves.
Payeng também vive por ali, em uma
pequena casa que construiu por conta própria. Realizado, ele tem uma
pequena fazenda, onde cultiva para subsistência, e agora será
protagonista de cinema. Ele é tema do documentário Forest Man, dirigido
por Will McMaster, que, além de mostrar a saga do indiano para plantar a
floresta – batizada de Molai’s Woods –, vai retratar os impactos das
mudanças climáticas na humanidade