Pombagira Maria Padilha das Sete Encruzilhadas.
Nascida por volta de 300 AC, no Egito, na planície de Gizé as margens
do Rio Nilo, onde viveu até seus 15 anos, dona de rara beleza e curvas
sinuosas, conheceu seu amor Plácido, algum tempo depois Tebas foi
invadida por soldados romanos e ela foi levada por um centurião romano
para Roma, onde passou a ser escrava.
Ela não suportava a distância
e a saudades do seu grande amor que ficou no Egito, obstinada por sua
liberdade acaba envenenando seu raptor, sem ser apanhada pelo crime
cometido ela passa a ser de outro centurião, indignada planeja de outra
forma a morte de seu dono, após conseguir sua intenção, novamente muda
de posse por outras cinco vezes.
Hoje, na Umbanda trabalha
pela fé e esperança, desfazendo trabalhos, libertando as pessoas das
correntes que nos aprisionam, trazendo aos seus protegidos muito fé e
coragem em suas jornadas.
Ela sempre foi discreta em suas incorporações... Compenetrada e objetiva em suas respostas.
Sempre olhou firmemente nos olhos das pessoas, explicando
detalhadamente a situação. Nunca omitiu a verdade. Ela canta seu ponto e
explica sua história:
"Maria Padilha vem na Linha do
Cemitério, Maria Padilha vem na Linha do Cemitério, ela não ri, ela não
ri, ela sempre fala sério! Ela não ri, ela não ri, ela sempre fala
sério." (...)
Possui muitos filhos para resgatar. Ama a todos e
não quer perder nenhum. Enquanto não vê-los sãos e salvos não deixará
de trabalhar e escolheu a Calunga para isso. Ela é guardiã dos mistérios
femininos.
São socorristas nas regiões Umbralinas e
mensageiras da nossa Mãe Maria. Trabalham resgatando os espíritos mais
corrompidos da esfera terrestre.
As pombagiras vão aonde ninguém mais vai: no mais baixo umbral!
E com amor e abnegação recuperam um ser extraviado de sua família.
Usam a aparência sedutora para auxiliar no resgate... Assim caminham
pelas esferas umbralinas sem chamarem a atenção. Não se vestem de
"anjos" para não assustar o socorrido. Como mulheres "mundanas" podem
passar desapercebidas pelos seres umbralinos e são aceitas com menor
desconfiança pelo resgatado.
Cumpre sua missão com amor abnegado.
Morreu numa Arena, por se recusar a seguir as ordens dadas pelo Imperador.