Drunvalo Melchisedek, uma experiencia interdimensional
Drunvalo Melchisedek, uma experiencia interdimensional, Parte 1
Drunvalo Melchisedek, uma experiencia interdimensional, Parte 1.
Parece quase um sonho agora — a lembrança é tênue, porém firme. Lembro-me pouco da experiência real da oitava dimensão vibratória, exceto de que tudo era luz e som criados a cada momento por meio do puro amor. A maior parte da lembrança oculta de mim mesmo por enquanto. Havia completa unidade, a dualidade era uma experiência pela qual nem todos os seres tinham passado, e eu era um deles. Meu Pai, a mais elevada verdade dentro de mim, pediu-me que viesse para a Terra. Disse que seria bom para mim e que eu poderia ajudar aqui…
Manuscrito de Drunvalo Melchisedek – a Descida de Drunvalo à Terra
Por Jeff Wein - Material Autorizado por Jeff Wein para publicação – Via Internet - Jeff Wein – 124 Hiawatha, #3 Santa Cruz, CA 95062
Tradução, edição e imagens: Thoth3126@gmail.com
A DESCIDA, a CHEGADA de Drunvalo Melchisedek à TERRA
Drunvalo Melchizedek/Bernard Perona
… Ele não usou palavras e sim luz e imagens sonoras dentro de nosso ser, uma comunicação mais completa e íntima. Instruiu-me em como me deslocar para alcançar a Terra, dizendo-me para continuar até atingir a luz. Fiz o que ele mandou, desloquei-me dessa maneira especial, e em instantes me encontrei em completa escuridão. Não conseguia enxergar, mas sentia o movimento. Pouco depois de partir, voltei-me na escuridão e olhei. Contemplei a mais grandiosa e bela visão. Suspensa na escuridão absoluta, havia uma espiral de luz, de tamanho imenso, pareceu-me.
A luz era multicolorida formando pequenas faixas digitais saindo do centro. Parecia uma concha de náutilo de néon flutuando num campo de visão infinito. Senti-me humilde e cheio de admiração por causa de sua grandiosidade. Sabia que era meu lar e que não voltaria por muito tempo. Mas não senti tristeza, senti alegria e liberdade. Não mais olhei para trás… Passou-se muito tempo, pareceu-me. Pode ter sido milhões de anos ou alguns dias. Era impossível dizer sem um ponto de referência. Continuei a me deslocar.
De repente, sem qualquer antecipação, todo o meu campo de visão foi preenchido por luz espiralante, variedades de cores que em geral jamais são vistas aqui na Terra, exceto em raros casos envolvendo cristais. Eram pastéis transparentes dourados e azuis e rosas e amarelos. A luz estava em toda parte. Parado à minha frente, a cerca de três metros, havia um homem cujo nome é Machiventa Melchizedek. Machiventa saudou-me e me mostrou a beleza de seu coração.
Imediatamente, senti grande amor por ele e perguntei onde eu estava. Sem responder, voltou-se para a minha direita, e senti que começamos a nos deslocar. Quase instantaneamente minha posição mudou. Eu flutuava em um campo de luz em forma de disco de aproximadamente16 metrosde diâmetro. A suave luz multicolorida brilhante parecia girar ao redor do disco em ambas as direções ao mesmo tempo, deixando-me com uma sensação de estabilidade e beleza antiga.
Eu conseguia enxergar através desta espaçonave transparente o espaço profundo e [os] infinitos milhões de estrelas brilhantes que enchem a galáxia. Nunca conseguiria descrever a beleza e reverência que senti em meu coração. Eu estava calado. Nada entendia. Simplesmente nascera numa nova realidade que, para mim, estava apenas começando a se revelar. Eu conseguia ver, também, que há pouco saíramos do próprio centro de uma daquelas estrelas, um sol que a Terra veria como a estrela do meio do Cinturão de Órion (Alnilam, no céu do Brasil, uma das Três Marias).
Eu sempre me lembrarei dela como a entrada para o meu lar, a estrela à qual algum dia eu provavelmente retornarei. Machiventa me olhou, e todo meu espírito sentiu seu calor radiante. Ele me disse, usando luz e som dentro de meu ser, exatamente como meu Pai, que iríamos para um lugar onde eu deveria aprender crescer e compreender esta nova realidade, este modo de ser tridimensional. Disse que eu não poderia ir diretamente para a Terra, e sim teria de me deslocar de certa maneira, diferente, mas semelhante a como me deslocara para alcançar esta dimensão a partir de meu lar.
“Primeiro,” disse ele, “Você tem de ir para as Plêiades, às vezes chamadas as Sete Irmãs. É lá que foram tomadas providências para recebê-lo e prepará-lo para sua curta permanência na Terra. Quando você estiver pronto, retornarei e o conduzirei a seu próximo estágio de desenvolvimento no caminho rumo à consciência terrestre.” Senti tanto amor por ele. Parecia que o espírito de meu Pai [estava] emanando dele. Claro, era exatamente isso — meu Pai estava em todos os lugares e em toda gente.
À medida que nos aproximávamos rapidamente do campo cristalino verde das Plêiades, Machiventa olhou-me outra vez e abriu minha visão interior. Conseguia ver uma criancinha de um ano de idade, um menino, deitado nu e calmo numa laje polida e plana, flutuando a aproximadamente1,2 metro do chão no centro de um pequeno quarto de pedra sem janelas. Não havia luz alguma, apenas seu corpo brilhava com essa luz luminosa móvel que preenchia suavemente o quarto e meu coração.
Machiventa contou-me, então, que essa forma de bebê seria minha para que eu pudesse viver e aprender nesta nova realidade. Enquanto ele falava e me transmitia sensações de força e encorajamento, senti que saía da nave de luz de Machiventa e, usando translação interpessoal pela primeira vez, entrei na forma sublime de uma criança pleiadiana. Um alento, e estava terminado. Comecei a chorar.
Não de dor, nem medo, e sim de pura alegria pela vida. Estava a caminho da Terra, como tinha pedido meu Pai, e agora eu provara, pela primeira vez, a maneira de ser tridimensional no interior de uma forma sólida. Embora o corpo desta criança parecesse de um ser humano, sua consciência era extremamente diferente daquela da Terra.
Durante 15 anos terrestres, estudei a vida a partir da superfície do planeta pleiadiano, como integrante de uma sociedade bastante incomum. Os seres de lá existem principalmente na quarta dimensão, mas na realidade possuem consciência total do plano terrestre. As Plêiades são o plexo solar desta galáxia. Quem desejar se deslocar de um lugar distante para outro provavelmente atravessará este sistema. Eles adoram jogos, empregando-os para transmitir conhecimentos.
Seu nível de inteligência e amor é da mais alta ordem dentro desta interface de terceira e quarta dimensões. Eu os amo e lhes sou grato por seu cuidado e ensinamentos carinhosos.
O simples aprender a ver de forma dual me era muito difícil. Eu não compreendia a natureza de macho e fêmea, quente e frio, bom e ruim. Para mim, dava tudo na mesma. Aprendi a respeito de luz e som e de como qualquer coisa pode passar a um estado saudável e harmonioso ativando-se certos pontos no meu campo áurico.
Certo dia, Machiventa apareceu em sua nave de luz (Merkabah) e eu deixei o corpo do menininho e o segui rumo a uma nova estrela. Outro local de aprendizagem, à medida que me aproximava lentamente de meu destino, a Terra. Cantamos ao entrar no campo de Sírius, a estrela irmã do sol da Terra. As estrelas estão dispostas num campo por demais grande e complexo para que consigamos vê-lo, e Sírius e a Terra são como átomos adjacentes em uma matriz cristalina. Estão intimamente ligados. De fato, é praticamente impossível vir para a Terra sem primeiro ir a Sírius.
Quando silenciosamente deslizamos para o interior do sistema, rumamos para a estrelinha chamada Sírius B que gira ao redor de Sírius. Ao redor de Sírius B existe um planeta constituído, principalmente, de água. Novamente despedi-me de Machiventa e, na forma de espírito, entrei no campo magnético deste planeta. Dentro das águas, conheci minha nova professora e amiga querida. Durante um ano terrestre ali fiquei e escutei e, espero, aprendi. Minha professora tinha a forma de uma baleia, uma baleia Orca, para ser específico.
Comunicávamo-nos de maneira bem parecida à maneira como meu Pai e eu nos comunicávamos, por meio de luz e imagens sonoras dentro de meu ser. Amo tanto essa baleia e ficarei alegre se algum dia puder encontrar-me novamente com ela.
No final desse treinamento, fui escoltado, em espírito, para a terra, onde assumi a forma de um adulto humano masculino, bem semelhante à que tenho atualmente, exceto que minha consciência estava mais centralizada na unidade.
Entrei, então, em um complexo de tipo humano e recebi uma espaçonave de 3ª/4ª dimensão. Muito diferente do campo de luz de Machiventa. Era imensa, sendo necessárias 350 pessoas para operá-la. Fui colocado no comando com um primeiro e segundo assistente. Àquela altura, começava a compreender os costumes dos seres humanos. Saímos de Sírius B e rumamos diretamente para o centro de Sírius A, a estrela mais brilhante vista da Terra, entrando em outro campo de luz muito parecido ao que eu entrara em Órion.
Num intervalo de no máximo 60-90 segundos, saímos do campo de luz de Sírius A e saímos flutuando de uma estrela que a Terra chama seu Sol. Tudo era muito bonito e imponente. A sensação era muito diferente da experimentada ao deixar Órion. Agora eu era humano. Quase. Minhas instruções eram de ir para Vênus e entrar em órbita. Dentro do campo multidimensional desse planeta localiza-se não apenas a sede deste sistema solar, como também as formas de vida mais conscientes de todos os planetas.
Disseram-me que os venusianos entrariam em contato comigo e me dariam instruções finais antes de eu ir para a Terra. Orbitamos Vênus durante cerca de um dia terrestre sem fazer contato, quando, de repente, minha nave começou a lentamente descer em espiral rumo à superfície. Eu tinha muito pouco controle. Parecia que poderíamos nos chocar, então decidimos ir à direção de uma área que parecia água. Deslizamos sobre a superfície e então mergulhamos na água, parando no fundo a aproximadamente30 metros abaixo da superfície.
Passamos de imediato a avaliar nossas avarias. Depois de cerca de quinze minutos, o segundo assistente veio ter comigo dizendo que o líquido no qual nos encontrávamos era ácido sulfúrico e que estava rapidamente corroendo a nave. Ele me levou a um imenso corredor com cerca de seis metros de largura e de altura e30 metrosde comprimento. O ácido já estava gotejando de um ponto do teto.
Eu disse a ele para levar toda a tripulação para nosso veículo de salvamento e esperar meu comando para partir. No exato momento em que ele saiu, Balthazar, meu primeiro assistente, apareceu numa curva, vindo de outro desses corredores enormes. Era possível dizer pela expressão de seus olhos que estava acontecendo mais alguma coisa. Veio até mim, olhou-me por um momento e disse “Veja.” Àquela altura o vazamento de ácido no corredor mais parecia chuva e estava piorando.
Como um homem num passeio de domingo, ele caminhou sorrindo diretamente na direção da chuva de ácido. Em minutos suas roupas foram completamente destruídas, mas ele estava bem. Nu e feliz. Entendi então o que ele queria dizer. Disse ao segundo assistente que partisse com a tripulação, entrasse em órbita e esperasse por mim lá. Ele saiu e partiu com a tripulação, e então me voltei e entrei diretamente debaixo da chuva de ácido para experimentar esta verdade inacreditável. Aconteceu a mesma coisa. Minhas roupas se dissolveram, mas minha pele permaneceu incólume. Era exatamente igual a água morna.
Algo muito profundo se alterou em meu ser. Senti-me livre. Alegremente, viramos e nos dirigimos para a área de embarque, de onde eu sabia que conseguiríamos deixar fisicamente a nave. Balthazar entrou na área de embarque pouco antes de mim e, ao olhar o longo corredor pela última vez, uma parede de seis metros de ácido estava a ponto de lacrá-lo para sempre, dissolvendo-o em nada.
Saí, fechei a porta e logo estávamos nadando na superfície na direção da praia. Na praia, vi que o local onde me encontrava estava quentíssimo, quente o bastante para literalmente me cozinhar, mas a temperatura simplesmente parecia não ter nenhum efeitoem mim. Eusabia, assim como Balthazar. Logo depois, fomos apanhados e rumamos imediatamente para a Terra.
Balthazar e eu fomos deixados no campo magnético da Terra na forma de espíritos e lá nos encontramos com muitos espíritos terrestres de longa data. Entramos primeiro na quarta e a seguir na sexta dimensão do campo da Terra e aprendemos com os antigos. Eu ainda tinha de aprender masculinidade e feminilidade, e me senti pronto depois de aproximadamente 30 anos no campo multidimensional da Terra.
Em 1850, nasci como mulher na tribo indígena do Taos Pueblo, no norte do Novo México. Foi minha primeira encarnação na Terra, e a vivi de forma normal. Nasci um bebê do útero de minha mãe. Desde a infância, fui treinada como Curandeira, sendo instruída no uso de cristais para diversas finalidades, tais como cura, controle do clima e proteção, para mencionar apenas algumas. Durante minha vida com a tribo, colaborei com a construção da grande pirâmide do Desfiladeiro do Planalto do Rio Grande, na fronteira entre o México e os EUA.
É a maior entre as pirâmides secretas do mundo, com quase quatro quilômetros de cada lado, e a última a ser desmontada antes de a purificação passar à sua fase final. Até hoje, é totalmente invisível, em razão da natureza de sua construção e apenas umas poucas pessoas conhecem sua localização. Em 1890, os anciões da tribo convidaram-me à sua kiva e me perguntaram se eu ajudaria a tribo e o mundo inteiro.
Respondi que sim, e uma matriz de energia foi liberada de uma tigela turquesa cheia de areia, fetiches e cristais. Pediram-me para morrer conscientemente e entrar em um corpo masculino anglo-saxão a partir do qual uma missão seria concluída. Não posso contar que missão, mas será concluída no devido tempo. Novamente, com um único alento, encontrei-me na quarta dimensão.
Depois de aproximadamente três dias, elevei-me em vibração para a sexta dimensão, onde se concentra a vida mais consciente e estável. Depois de cerca de 75 anos de ensinamentos adicionais ministrados pelos antigos, fui novamente instruído a entrar em um corpo masculino anglo-saxão. Desta vez, contudo, eu deveria cumprir minha missão de um modo diferente de quando nasci uma menina índia. Deveria entrar num corpo masculino adulto em seu 31º ano de vida. Oito anos antes do acontecimento, comecei a me comunicar com o espírito deste corpo, Bernard Perona.
Comecei a lhe mostrar possibilidades de vida que ele nunca soube existir até finalmente ver a entrada para o caminho do crescimento rápido e tomar seu rumo em direção a um distante sistema estelar. Esse espírito que (de Bernard Perona) partiu deu, com sucesso, um salto quântico em sua compreensão de Vida, permitindo-me entrar diretamente na arena de expressão humana uma vez mais.
Em 10 de abril de 1972, entrei (fenômeno chamado de Walk-In* nos EUA) no corpo de Bernard Perona e comecei a vida como homem adulto na terra. Depois de muitos anos de “andanças” como meu Pai pedira, finalmente estou pronto para servir a Terra e aprender com sua vasta sabedoria.
{n.T. – *Walk-In: Walk-ins são seres/almas de outras dimensões mais elevadas que se “encaminharam” para ocupar o corpo de uma pessoa que esta viva na terra, com a troca das almas. Em todos os casos existe um contrato pré-natal entre essas almas para que isso possa acontecer.
Alguns walk-ins entram em corpos muito mais jovens, mas isso é mais exceção do que a regra. Quando acontece uma troca de almas do tipo walk-in que ocorre na infância de alguém, é porque a alma que chega precisa das experiências da infância e da adolescência como uma base para a sua missão na Terra. Durante a infância e a adolescência os walk-ins normalmente não despertam até chegarem à idade adulta.
Mais frequentemente a troca de almas walk-in no corpo acontece quando a alma anfitrião alcançou a idade adulta do corpo e personalidade. Isto lhes permite utilizar a experiência e maturidade de vida adquirida pela alma que abandona o corpo para a alma Walk-In que chega para ocupá-lo. Fonte: http://www.nibiruancouncil.com/html/starseeds.html}
Continua …
Permitida a reprodução desde que mantida a formatação original e a citação das fontes.
Drunvalo Melchisedek, uma experiencia interdimensional, Parte 2
Manuscrito de Drunvalo MELKISEDEK – parte 2, uma experiência interdimensional.
Eu ainda sou Bernard Perona, mas algo EXTRAORDINÁRIO esta mudando em mim mim, em consequência de testemunhar a minha própria vida.
Lembro-me de quando eu (Bernard) tinha cerca de quatro anos de idade. Foi por volta do final da Segunda Guerra Mundial, numa manhã clara e ensolarada em Oakland, Califórnia. Estava sozinho fora de casa, brincando tranqüilo, quando o ar e a terra começaram a rugir…
Tradução, edição e imagens: Thoth3126@gmail.com
Fonte: http://www.flordavida.com.br ; http://www.floweroflife.org/ ; www.drunvalo.net ewww.spiritofmaat.com
Entrevista concedida à Jeff Wein:
AS PRÓPRIAS PALAVRAS DE BERNARD PERONA (Drunvalo Melchisedek):
… Olhei para o leste na direção das montanhas, e observei cautelosamente o céu aos poucos se encher de bombardeiros americanos B29. Em minutos, havia centenas de aviões em formações geométricas preenchendo o céu e bloqueando o sol. Isso durou muito tempo. Fiquei lá com o rosto voltado para o céu. Sabia o que estava se deslocando lá no alto e me tranquei. Ainda sou Bernard Perona, mas algo extraordinário está mudando em mim, conseqüência de testemunhar minha própria vida.
No dia seguinte, os anjos apareceram a Renee e disseram que Christopher e Cindy Wingfield, sua namorada, que se reuniram a nós, deveriam ir para outro apartamento e que ela, Renee e as crianças deveriam partir para Berkeley, Califórnia, lá permanecendo por 30 dias. Renee deveria estudar com um professor sufi do Peru chamado Claudio Naranjo. Os anjos disseram a Renee que eu deveria reunir materiais de arte para a elaboração de desenhos coloridos. Disseram que em algum ponto, nos próximos 30 dias, eu receberia os desenhos durante a meditação e, então, os anjos desapareceram.
No dias que se seguiram todos tomaram diferentes direções, e dei por mim sozinho imaginando o que se manifestaria nesses desenhos. Na primeira manhã depois de eu ter comprado o material necessário, sentei-me, sozinho, e esperei. Tinha à mão tudo de que necessitava, mas não fazia idéia do que deveria desenhar.
Então, começou. Minha mente se abriu, e eu conseguia “ver” num novo idioma de pa-drões geométricos. Era tão simples e claro. Comecei a desenhar. Os desenhos eram extremamente detalhados, com cores e dimensões específicas. Giravam em torno de seis formas; esfera, tetraedro, cubo, octaedro, icosaedro e dodecaedro. As in-formações afluíram continuamente por cerca de três semanas, até que finalmente, o trabalho parecia concluído.
Eu não conseguia acreditar no que me estava sendo mostrado por meio desses desenhos. Fazia tanto sentido. Minhas origens estavam, afinal, começando a se tornar claras. Não posso falar sobre esses trabalhos agora, mas no Livro II, The Father’s Mind (A Mente do Pai), tratarei do primeiro desenho, do qual derivaram todos os demais.
No final, havia 44 desenhos, cada qual associado aos 44 cromossomos existentes dentro de toda e qualquer célula humana. (Havia também dois outros desenhos relativos à energia sexual, assim como há dois cromossomos sexuais especiais, totalizando 46 cromossomos.) Eu sentia como se algo importante houvesse mudado dentro de mim em virtude desses desenhos, e não via como seria possível perceber com mais profundidade a Realidade. Claro, essa era minha própria limitação na época.
Certo dia, antes da volta de Renee, um velho amigo meu, Wilf Chipman, apareceu. Wilf era outra das pessoas a quem os anjos tinham me conduzido anteriormente, antes de Renee e eu nos casarmos. Wilf era alquimista, um alquimista de verdade. Sua capacidade e conhecimentos eram formidáveis. Além disso era um entrante (Walk-In) que já estava realizando interface, mas eu nem mesmo saiba o que isso significava na época.
Wilf perguntou-me se eu gostaria de fazer uma pequena viagem de três ou quatro dias para visitar um amigo seu em Cariboo Mountain na Columbia Britânica. Parecia bom, concordei. Partimos no dia seguinte, e depois de um estafante trajeto de carro nas pro-fundezas das montanhas adentro em enlameadas estradas cobertas de neve, chega-mos a uma casa bastante incomum. Em 1929, foi construído um grandioso hotel de troncos imensos. Vocês conhecem o tipo, uma estação de esqui, com uma recepção ou sala de estar provida de gigantescas lareiras, vários quartos, uma cozinha gigante, ex-ceto que parecia ter sido construído no máximo há dez anos.
Pintaram os troncos com um produto que lhes dava a aparência de terem sido há pou-co descortiçados. O hotel ficava muito isolado nos bosques, eu não entendia como al-guém, em alguma época, poderia tê-lo usado para fins comerciais, mas lá estava ele. Fora abandonado há muito tempo, mas um amigo de Wilf e sua esposa mudaram-se para lá por causa do aluguel grátis.
Eu “morreria” (PERONA) naquele lugar daí a algumas horas, mas, pelo menos, não sabia disso, e meu coração estava tranqüilo. Wilf, tentando descobrir como trans-formar mercúrio em ouro, buscava agora fazer o mesmo comigo num nível humano. Não o condeno pelo que ele estava a ponto de fazer, eu compreendo. Posteriormente, naquela tarde, Wilf colocou, sem que eu percebesse, algo mortal em minha comida. Ele acreditava que eu não morreria, e sim seria transformado. Na verdade, ele não tinha realmente certeza.
Lembro-me de ir para meu quarto sentindo-me estranho. Sentei-me na posição de lótus no meio de minha cama, o quarto começou a girar lentamente. Eu não conseguia parar o giro, que ficava cada vez mais rápido. Finalmente, endireitei-me, e via a cama e meu corpo, mas todo o universo não passava de um borrão de luzes móveis. E então eu morri. Simplesmente não conseguia mais manter-me centrado.
Depois de certo tempo, pouco tempo pelo que pareceu, levantei-me de onde caíra, e tudo estava completamente normal. O quarto estava vazio e sossegado. Sai imediata-mente do quarto e entrei na área social central. Não havia ninguém ali. Desapareci nos bosques sem que ninguém me visse sair. De alguma forma, eu sabia o que acabara de acontecer, e sentia-me mais seguro lá. Tudo era tão puro e vivo, cada vez que respirava era uma grande alegria. Eu precisava me ancorar e embrenhar-me nas profundezas da floresta, somente com a natureza e Deus, era uma grande bênção. Depois, relutantemente, eu soube que tinha de voltar ao mundo dos homens.
Algo estava diferente dentro de mim. Conseguia sentir uma grande mudança em minha existência, mas não tinha certeza do que era. Drunvalo nascera, mas Drunvalo estava agora experimentando todas as imagens mentais e emocionais de Bernard Perona, bem como todas as suas lembranças. Era por demais convincente, sendo o que acontece a quase todos os que decidem entrar na vida, em vez de nascer na forma de um bebê. Parece com quando estamos totalmente absortos num filme e nos identificamos com certa pessoa da história e nos esquecemos de nós mesmos, acreditando sermos a personagem do filme. Acreditamos que o drama do filme está realmente se passando conosco.
Passaram-se quase três anos até eu perceber o que acontecera e então, quando tentava lembrar quando e onde acontecera, não conseguia evocar com exatidão as memórias. A translação fora tão suave. Lembrei-me quando e onde acontecera somente cerca de quatro anos atrás. Quando me aproximei do velho hotel, Wilf e seu amigo estavam lá. Wilf olhou-me totalmente confuso. Não tinham me visto sair, e também não conseguiam entender como eu ainda podia estar vivo, a menos, claro, que a translação tivesse ocorrido e eu não estivesse demonstrando nenhum sinal disso. Wilf simples-mente não sabia; parecia-lhe não se passara absolutamente nada. Acho que ele esperava um milagre. Levou-me em silêncio para casa.
ALFA E ÔMEGA, ORDEM DE MELCHIZEDEK
Renee chegou em casa alguns dias depois vinda de Berkeley. Na época, ela não sabia, e provavelmente ainda não sabe, que havia uma pessoa (Alma) diferente no corpo de seu marido. Os anjos lhe disseram que meu nome era Drunvalo, mas não a-credito que ela realmente tenha entendido as implicações mais profundas, que os anjos não lhe explicaram. Seria difícil, como vocês bem podem imaginar. Mas o trabalho de minha nova vida tinha de prosseguir e, sem muita hesitação, ele teve início.
Alfa e Ômega, no alfabeto grego
O anjo apareceu a Renee e disse que eu deveria ir a certo endereço em Vancouver e apenas permanecer lá. O endereço era rua 4, 111.444. Naquela noite, perambulei por lá de carro e achei o endereço. Ficava nos confins da zona industrial de Vancouver, antigos armazéns de tijolo à vista de dois andares e coisas assim. Estacionei e fui até uma entrada lateral, uma portinha suja, de um dos edifícios. Acima da porta havia uma placa recém-pintada com cores brilhantes na qual se lia: “Alfa e Ômega, Ordem de Melchizedek.”
Abri a porta e subi um lance de degraus estreitos e rangentes que levavam a outra porta. Bati, e uma jovem serena abriu a porta e me cumprimentou. Entrei numa salinha quadrada com cerca de 3,5 metros de lado, sem janelas, nem outras portas de entrada ou de saída. Havia uma escrivaninha em um canto e um banco comprido colo-cado transversalmente a uma das paredes. A jovem e outro homem sorriram e pediram que eu me sentasse no banco. Sentei-me. Fiquei lá sentado por cerca de três horas, enquanto pessoas entravam e saiam.
Diziam algumas palavras e então saiam, nada que eu conseguisse realmente entender. O casal ignorou-me completamente até que, afinal, a mulher virou-se para mim e disse que eu podia ir embora. Olhei-os, pensei, eles são malucos, e sai. Ao chegar em casa, expressei minha confusão aos anjos, mas eles disseram que tudo estava bem e para não me preocupar tanto. Acalmei-me.
Cerca de duas semanas depois, os anjos vieram visitar Renee e disseram que eu deveria voltar ao endereço e pedir para ver um homem chamado David Livingstone. Só me deram essas instruções. Voltei, subi os mesmos degraus, só que desta vez havia uma pessoa diferente lá, um jovem. Disse-lhe que gostaria de ver David Livingstone, e ele, claro, disse que me sentasse no banco. Sentei-me, mas de má vontade. Depois de cerca de meia hora, ele vira-se para mim e diz: “Certo, pode subir a escada agora.”
Não entendi a que ele se referia, “Subir a escada.” Subir que escada? Naquele momen-to uma porta oculta deslizou, abrindo-se, acionada por controle remoto. Ele indicou-me a escada e fiz o que seu gesto sugeria. Logo que subi alguns degraus da escada, a por-ta rapidamente deslizou, fechando-se e bloqueando minha retirada. Subi outro lance de degraus entrando num imenso cômodo todo branco. Esse cômodo tinha cerca de 27 por 18 metros e estava completamente vazio.
No topo da escada, quando entrei no cômodo, esperava-me, à luz do sol, uma linda jovem que pediu-me que a seguisse. Levou-me a outro cômodo enorme, mas desta vez, estava repleto de bancadas de trabalho e equipamentos utilizados, ao que parecia, para trabalhar prata e couro. Havia uma área desimpedida de cerca de 1,80 metro ao lado da porta pela qual entramos. A jovem olhou-me meigamente e pediu-me que esperasse lá. Disse que viria alguém dali a alguns minutos, e então deixou-me sozinho.
Cerca de cinco minutos depois, sete jovens, todos de terno, entraram no cômodo por outra porta, marchando em fila indiana. Fizeram círculos a meu redor, em posição de semi-sentido, e fitaram-me intensamente nos olhos. Não foi pronunciada uma palavra sequer. Eu não sabia ao certo o que fazer, então apenas devolvi o olhar. Ficamos fazendo isso uns 20 minutos, até que, afinal, um dos jovens falou, pedindo-me que o seguisse.
Entramos em outro cômodo que tinha o tamanho e o formato daquele todo branco. O jovem disse-me para dar uma olhada pelo cômodo e esperar até que David Livingstone pudesse me ver. E então ele se foi, deixando-me novamente sozinho. O cômodo tinha três corredores compridos longitudinais, formados por duas fileiras de cavaletes para pintura colocados lado a lado. Os cavaletes eram bem grandes, talvez com 1,82 metro de altura por 1,20 metro de largura. A experiência que se seguiu me foi muito surpreendente.
Nesses cavaletes se encontravam todos os 44 desenhos vindos através de mim quando eu era Bernard Perona. Ao vê-los algo se passou, algo tornou-se claro. Pensei que fossem meus. Pensei tê-los desenhado. Tive certeza, ao ver esses desenhos, que o que quer que acontecesse ali, seria importante para minha vida. Mal conseguia acreditar naquilo. Havia mais alguns desenhos que não tinham vindo através de mim. Achei-os extremamente interessantes e passei todo o tempo com eles. Os demais eu sabia de cor.
Depois de mais ou menos uma hora, os sete homens de terno voltaram. Formaram novamente um círculo a meu redor, esperamos. Alguns minutos depois, entrou pela porta um homem baixo, com cerca de 55 anos de idade, vestido num terno amarrotado e usando óculos de tartaruga de aro curvo. Lembro-me de ter pensado que ele mais parecia vendedor de carros do que líder espiritual. Juntou-se a mim no centro do círcu-lo e perguntou-me de onde eu era. Respondi Califórnia, e ele disse “Não, de que lugar no espaço?” Não saiba a que ele se referia. Fez-me, então, uma pergunta da qual não me lembro sobre Krishna, algo sobre amor. Olhou-me, então, e disse que eu era “Ok,” e foi-se embora. Um dos homens imediatamente levou-me de volta à salinha com a porta corrediça ao pé da escada; fui para casa perplexo.
Naquela noite, os anjos disseram que eu deveria voltar em certo dia e dizer a David que eu queria entrar em sua escola. Disseram que ele em breve daria uma aula que eu acharia muito interessante e que poderia ser útil ao meu crescimento.
Voltei, no dia que eles disseram, à salinha sem janelas e pedi para ver David. Dessa vez, tudo estava diferente. A pessoa sentada à escrivaninha disse apenas: “Claro, Da-vid Livingstone está à sua espera,” e a porta secreta deslizou, abrindo-se. Subi as es-cadas, e lá, completamente só na sala toda branca, estava David. Caminhei até ele, e ele me vez sinal para sentar. Passou a fazer milhões de perguntas; novamente quis saber de onde eu era, mas eu simplesmente não sabia responder. Minha entrada nesta dimensão era recente demais.
Contei-lhe sobre os anjos, e que eles queriam que eu freqüentasse a escola que ele em breve dirigiria. Finalmente, concordou que eu freqüentasse sua escola, mas disse sentir que eu não estava me revelando a ele e que eu estava “incógnito.”
MANUSCRITO DE DRUNVALO MELKISEDEK, parte 2