Pensamento positivo e pensamento negativo
por Silvia Holmes
O pensamento nasce na nossa mente e se manifesta nessa dimensão por
meio das palavras e por meio das não-palavras (nossos gestos e
expressões corporais). Para a PNL (Programação Neurolinguística) pensar é
ver, ouvir e sentir, visto que usamos os canais sensoriais para pensar,
assim, quando pensamos geramos mentalmente imagens, sons e sensações. Além disso, a PNL afirma que as nossas afirmações representam apenas sete por cento da realização do pensamento.
O médico, psiquiatra, psicoterapeuta, cientista e escritor Augusto Cury
afirma: "Usamos o pensamento para pensar o mundo, mas se o usarmos para
pensar como pensamos, entenderemos que todos somos meninos diante de
tão insofismável complexidade."
O médico, biólogo, psiquiatra e
psicoterapeuta transpessoal Alírio de Cerqueira Filho ensina: "O
Espírito pensa, sente e age, porém, ele se manifesta de forma unificada
pensando, sentindo e agindo. Pensamento, sentimento e vontade. É
impossível pensar, sem sentir e sem querer realizar uma ação." E
continua: "Ocorre que os pensamentos nunca cessam, eles acontecem um
após o outro, em uma verdadeira avalanche". Apesar disso, não temos
muita consciência dos nossos pensamentos, mas apenas dos sentimentos e
das ações comportamentais que se manifestam.
Nessa mesma linha
de pensamento, Augusto Cury escreve: "Portanto, a grande tese é: pensar
não é uma opção do Homo sapiens, mas uma inevitabilidade. Pensar não é
apenas um desejo consciente do Eu, mas o fluxo vital da psique."
Segundo Alírio de Cerqueira Filho: "Os pensamentos são decodificados
sob a forma de palavras que são verbalizadas ou acontecem em nossa mente
em um diálogo interno que temos quase o tempo todo conosco. A maioria
dos pensamentos não é verbalizada, pois fica restrita ao diálogo
interno, uma verdadeira falação mental, por isso a dificuldade de nos
tornar conscientes deles."
Os pensamentos que formulamos geram
um diálogo interno que por sua vez geram estados emocionais de igual
teor. Desse modo, se tivermos pensamentos positivos, iremos gerar
sentimentos positivos. Entretanto, se tivermos pensamentos negativos,
iremos gerar sentimentos desse teor. E o que pensamos a respeito do
mundo, da vida e de nós mesmos, evoca sentimentos que se manifestam num
comportamento por meio da nossa vontade.
Assim que para a PNL
pensar positivo é pensar naquilo que queremos. Enquanto que pensar
negativo é pensar naquilo que não queremos.
Para Alírio de
Cerqueira Filho:"Quando o pensamento está mal direcionado produz
viciações mentais que perturbam o Ser e levam a pessoa a conflitos e
dificuldades emocionais graves. Se nós o direcionarmos, inadequadamente,
ele vai gerar essas viciações." E continua:"A energia do pensamento
pode conduzir a níveis elevados de consciência ou ao desespero,
dependendo dos conteúdos psíquicos de que se reveste."
O
saudoso Prof. Miguel Carcavilla ensinava aos seus alunos que : "A melhor
forma de mudarmos nossos estados emocionais, nossa saúde, nossa
auto-imagem é fazer visualizações do que quer na sua vida. Falar de
coisas que te deixem feliz e sentir emoções associadas a essas imagens e
diálogos internos. A mente se utiliza do cérebro como meio
intercomunicador pra produzir no corpo e em sua realidade subjetiva
aquilo que ela deseja como vontade. O corpo, por sua vez, também utiliza
o cérebro de intermediador, como a mente, produzindo nesta estados
emocionais e representações internas. Assim, mesmo que o que você
visualize não se concretize materialmente, no momento que você deseja,
seu corpo se beneficiará dos estados emocionais e sentimentos gerados
nesse processo. O que por si só já é um grande benefício porque
proporciona uma melhor condição para tomar decisões e fazer escolhas."
Para finalizar, gostaria de refletir a seguinte questão: já que não
conseguimos parar de pensar, pelo menos podemos escolher o que queremos
pensar. Podemos observar como pensamos, a razão de pensarmos daquela
maneira e dialogarmos com nossos pensamentos. Por fim, deixo uma dica
que o Prof. Miguel Carcavilla nos ensinava. Num momento de calma, sem o
risco de ser interrompido, procure responder a quatro perguntas
essenciais para si mesmo:
Como você ocupa sua mente?
Quem direciona sua mente?
Onde você foca sua atenção?
Por quanto tempo?
Responda sinceramente a essas perguntas e preste atenção em suas emoções. Boa jornada!
Bibliografia:
Energia mental e autocura - Alírio de Cerqueira Filho - ebm editora.
A fascinante construção do Eu - Augusto Cury - Academia.
Aulas do Prof. Miguel Carcavilla *in memorium