Na reconstrução de Gênese sabemos que os insetos foram criados no terceiro ou quarto dia cósmico. Um dia cósmico eqüivale a 320.040.000.000 de dias nossos.
É razoável que a criação dos insetos tenha precedido ao homem, pois a função dos insetos era preparar a habitabilidade na Terra a partir da primeira vegetação, que eram criptógamos e fanerógamos – como vegetais já mais desenvolvidos ao criarem novos tipos de plantas, cujas flores servissem de sustento às abelhas e que estas, em suas visitas, fizessem frutificar as flores pelo processo de polinização. A família das Apidae tem uma preeminência sobre todos os outros insetos, no que se refere à polinização.
A construção de um ninho de abelhas encerra toda ciência geométrica de Pitágoras. O sábio Pitágoras nos ensinou que Deus se manifesta geometrizado; então o ninho e os produtos das abelhas são copias da obra de Deus e todo trabalho delas expressa os pensamentos do Criador. A construção de um ninho de abelhas é uma obra majestosa, como a cor branca do lírio e perfume de jasmim.
As abelhas usam a mesma ciência geométrica com a qual foram construídas as pirâmides.
Todo o trabalho das abelhas parte de um "centro monádico" periférico e eqüidistante do seu centro. Como uma tão proeminente sabedoria milenar, as abelhas dão ao homem um verdadeiro exemplo de trabalho comunitário. Sem apego algum do individualismo, pois tudo é comunitário, elas usufruem dos valores dados pela Natureza e contribuem para o seu equilíbrio: em troca de néctar das flores que a Natureza lhes oferece, elas retribuem com sua ação polinizadora para multiplicar e enriquecer o reino vegetal, animal e humano com sementes e frutas.
Rudolf Steiner nos relata que as abelhas nos foram trazidas de Vênus.
Por esses dados nota-se a importância e o grande valor que se atribuíam as abelhas como colaboradoras no preparo da adaptabilidade da Terra, além do seu alimento, o mel como um dos alimentos mais nobres, destilado pelos raios solares incidentes sobre a exuberante vegetação e flores das matas como também o pólen – milhões de corpúsculos solares cintilantes - , a própolis, um fortificante e antibiótico em potencial profilático.
As abelhas são seres solares e só progridem sob os raios de sol. Alimentam-se de produtos solares – o néctar é metabolizado em um produto novo e riquíssimo em potencial alimentar. São capazes de criar sua mãe mediante uma secreção salivar. Como comportamento social, não encontramos na Natureza um ser igual e nem o homem com tanto destaque e perfeição, consegue comparar-se a um ninho de abelhas, onde reina o equilíbrio. São capazes de resolverem soluções das mais complexas e encobertas pelo véu do silêncio milenar, como a metabolização de seus produtos: mel, pólen , geléia real, própolis. Destilam de seu próprio corpo a argamassa para a construção do seu castelo de cera, que lhes serve de berço e depósito de alimento na estação invernal.
O complexo ritual íntimo da construção do seu ninho obedece a um ritmo fascinante sob a cadência de um poder oculto, onde ninguém manda, porém todos obedecem. Uma espécie de "espírito da colméia".
As abelhas vêm, há milhões de anos, imperturbáveis, seguindo seu ritmo maestral. Com suas leis ocultas resolvem todos seus problemas, permanecendo em ação constante e imutáveis.
Todo espírito da colméia parece obedecer a um ritmo "matriarcal" dado por um comando feminino oculto e absoluto.
Quando há abelhas não saudáveis, elas são postas para fora. Aliás, o indivíduo por si próprio abandona a casa para não onerar o serviço interno.
Na expressão dos pensamentos do Criador, as abelhas parecem usar a "perfeição e o Amor", num equilíbrio harmônico da Natureza.
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Tudo que for da Natureza é patrimônio Cósmico. Nada pertence ao homem. Ele só tem o direito de usufruto, retribuindo com sua parte.
(Extraído do livro: ABELHAS ECOLOGICAS de Lenhart Robert Schirmer)
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